ESTANTE

Definitivamente estou cansada de escrever nossa história e guarda na última prateleira da estante. Entre linhas eu detalho cada parte desse conto. Ao entardecer, do lado de dois livros velhos, em uma fileira chata e desinteressante. Eu fecho o livro, às sete chaves e o escondo. Semelhante aquilo que sentimos.

Pergunto-me porque aos olhos deles esse sentimento é errado? Talvez seja impossível de imaginar. Eles me questionam como você pôde amar alguém igualmente a si? Me chamam de louca, me chamam de burra, confusa, de perdida. E eu digo e repito, se a pecado maior nesse mundo do que te amar, desculpe meu doutor, passarei a vida pecar. Me leve a minha sina, mas ao fim do dia ela ainda estará lá. Naquela estante, pronta para me encontrar.

Amanda Gabrielly

Escrever é como meus sentimentos deságuam em mim, e eu, oceano.